terça-feira, 2 de junho de 2009

Reportagem TVI: Depressão

Qual o tratamento indicado para a doença obsessivo-compulsiva?


O tratamento deve ser individualizado, dependendo das características e da gravidade dos sintomas que o paciente apresenta.
É frequente utilizar-se a psicoterapia de orientação dinâmica ou cognitivo-comportamental associada com tratamento farmacológico às vezes, em doses bem mais elevadas que as utilizadas no tratamento da depressão.
Usam-se inibidores de Clomipramina, Serotonina, fluoxetina, sertralina e paroxetina, pois têm boa eficácia.

Quais os factores de risco da doença obsessivo-compulsiva?


Há maior probabilidade da ocorrência da doença em indivíduos nas seguintes situações:
• Pessoas com condições desfavoráveis (ruptura conjugal, dependência financeira, desemprego);
• Problemas sexuais e matrimoniais e luto recente;
• Gravidez e parto ou qualquer mudança no estilo de vida que resulte em aumento dos níveis de responsabilidade.

Quais os sintomas da doença Obsessivo-Compulsiva?

Frequentemente, os doentes obsessivo-compulsivos escondem de amigos e familiares essas ideias e comportamentos, tanto por vergonha quanto por terem noção do absurdo das exigências auto-impostas. Muitas vezes desconhecem que esses problemas fazem parte de um quadro psicológico tratável. As obsessões tendem a aumentar a ansiedade da pessoa ao passo que a execução de compulsões a reduz. Porém, se uma pessoa resiste à realização de uma compulsão ou é impedida de fazê-la surge uma intensa ansiedade. A pessoa pode perceber que a obsessão é irracional e reconhece-la como um produto de sua mente, experimentando tanto a obsessão quanto a compulsão como algo fora do seu controlo e desejo, o que causa muito sofrimento. Pode ser um problema incapacitante, pois as obsessões podem consumir tempo e interferirem significativamente na rotina normal do indivíduo, no seu trabalho, em actividades sociais ou relacionamentos com amigos e familiares.

Doença Obsessivo-Compulsiva: Compulsões


Os actos compulsivos são comportamentos repetitivos (ex.: lavagem das mãos), mas também podem ser a nível mental (ex.: rezar, contar, cantar). Não são, em si mesmos, agradáveis para o doente e o seu objectivo é evitar ou reduzir a ansiedade ou mal-estar que acompanha a obsessão.

Doença Obsessivo-Compulsiva: Obsessões


As ideias de natureza obsessiva correspondem a pensamentos repetitivos.
Os pensamentos obsessivos podem ser ideias, imagens ou impulsos repetitivos que invadem a mente do indivíduo, sendo por isso intrusivos e perturbadores;
O indivíduo com obsessões tenta ignorar tais pensamentos com algum outro pensamento ou acção;
Há seis tipos de obsessões: ideias, imagens, convicções, ruminações, impulsos e medos.

O que é a doença Obsessivo-Compulsiva?


É uma doença em que o indivíduo apresenta obsessões e compulsões, ou seja, sofre de ideias e/ou comportamentos que podem parecer absurdos ou ridículos para a própria pessoa, no entanto, são incontroláveis, repetitivos e persistentes.
Uma das ideias que podem surgir na mente dos obsessivo-compulsivos é a de que se encontram sujos, chegando a lavar as mãos (foto) e a tomar banho diversas vezes por dia.

Depressão Pós-Parto


Um tipo de depressão que surge frequentemente e da qual ouvimos falar bastante é a depressão pós-parto.


Porque surge? A gravidez é uma época onde existe um grande descontrolo a nível hormonal, nomeadamente de estrogénio e progesterona (hormonas sexuais) o que causa alterações ao nível do humor, podendo conduzir a um estado depressivo.

Quais as consequências? A gravidez pós-parto têm consequências graves, pois a mulher nutre sentimentos conflituosos para consigo mesma, para com o bebé e para com o companheiro.

Números da Depressão


Os seguintes números, revelam bem a tamanha dimensão que esta doença apresenta:
• Estima-se que em 2020, a depressão seja a 2ª maior causa de incapacidade em Portugal;
• Estima-se que 30% da população mundial sofra da doença;
• Após o parto, 15% das mulheres sofre de depressão;
• É a causa de 850 mil suicídios por ano em todo o Mundo.

Diagnóstico da Depressão


É fundamental que se faça um diagnóstico precoce, pois desse modo é mais fácil que os sintomas sejam minorados, possibilitando uma maior qualidade de vida do doente e mesmo uma cura rápida, pois a depressão tem cura. Para isso é necessário que ao serem detectados os sintomas das doenças, se consulte um psicólogo ou psiquiatra rapidamente.

Quais as causas da depressão?

Há vários factores que podem originar a doença:

Factores genéticos: Existem genes alelos mais frágeis à doença. Pessoas com genes pouco resistentes têm 50% mais de probabilidade de virem a sofrer da doença do que pessoas que possuem genes mais resistentes à doença;

• Factores psico-sociais: O estilo de vida que a pessoa leva, tem um grande peso ao nível da manifestação da doença. Por exemplo: A perda de um ente querido, a incapacidade de lidar com determinadas situações, divórcio e desemprego.

Quais os sintomas da depressão?

Os sintomas mais comuns da doença são:

• Tristeza de forma prolongada;
• Pânico/ ansiedade;
• Alterações ao nível do apetite;
• Alterações do sono (Insónia ou bastante sonolência);
• Baixa energia, cansaço e fadiga;
• Défice de concentração;
• Baixa auto-estima (pensamentos de incapacidade);
• Irritabilidade;
• Alterações do desejo sexual;
• Ideias/tentativas de suicídio.

O que é a depressão?

A depressão é uma doença que se caracteriza por alterações ao nível do humor, sendo que o doente se encontra num estado de tristeza e apatia profunda.
Pode afectar todas as pessoas, independentemente da faixa etária e do género. No entanto, as mulheres são duas vezes mais afectadas do que os homens.

Devido ao aumento da sua incidência, nomeadamente nos países mais desenvolvidos (países Europeus e Estados Unidos da América), é já considerada a doença do século XXI!

Doentes Bipolares Famosos

Há vários artistas bastante conhecidos que sofrem ou sofreram (no caso dos que já morreram) de doença bipolar. Entre eles destacam-se nomes como:

  • Virginia Woolf (foto);


  • Antero de Quental;


  • Ernest Hemingway;


  • Tolstoi;


  • Sting;


  • Peter Gabriel;


  • Victor Hugo.

Há tratamento que cure a doença bipolar?

Não há nenhum tratamento que cure a doença por completo. No entanto, há grandes possibilidades de controlar a doença, através de medicamentos estabilizadores do humor, cuja acção terapêutica diminui muito a probabilidade de recaídas, tanto das crises de depressão como de “mania”.
No entanto, a é fundamental o apoio de:
• Família,
• Médico psiquiatra;
• Médico de família e outros técnicos de saúde (enfermeiro, psicólogo, técnico de serviço social).

Quais as causas da doença Bipolar?

Há vários factores que predispõem para a doença, mas o seu conhecimento ainda é incompleto.Os factores genéticos e biológicos (na química do cérebro) têm um papel essencial entre as causas da doença, estando um gene presente no cromossoma 11 relacionado com a doença. No entanto, o tipo de personalidade e o stress que a pessoa enfrenta desempenham também um papel relevante no desencadeamento das crises.

Doença Bipolar: Quanto tempo dura uma crise?

O tempo das crises varia bastante. A pessoa pode estar em fase maníaca ou depressiva durante alguns dias, ou durante vários meses. Os períodos de estabilidade entre as crises podem durar dias, meses ou anos.

Doença Bipolar: Como se caracteriza a fase depressiva e quais os seus sintomas?


Nesta fase há uma consciencialização da realidade e, devido à incapacidade de realização dos projectos e das ambições características da fase “mania”, acabam por entrar em depressão profunda, apresentando tristeza e desespero profundos.
Outros sintomas associados a esta fase são:
• Preocupação com fracassos ou incapacidades e perda da auto-estima;
• Sentimentos de inutilidade;
• Pensamento lento, esquecimentos,
• Perda de interesse pelo trabalho, pelos hobbies e pelas pessoas, incluindo os familiares e amigos;
• Agitação e inquietação;
• Alterações do apetite e do peso;
• Insónia ou sono a mais;
• Diminuição do desejo sexual;
• Ideias de morte e tentativas de suicídio;
• Uso excessivo de bebidas alcoólicas.

Doença Bipolar: Como se caracteriza a fase "mania" e quais os seus sintomas?


O principal sintoma da fase
"mania" é um estado de humor elevado e expansivo, eufórico ou irritável. Nas fases iniciais da crise a pessoa pode sentir-se mais alegre, sociável, activa, faladora, auto-confiante, inteligente e criativa. Tem grandes ambições e espírito empreendedor.
Ao longo do tempo podem surgir os seguintes sintomas:

• Irritabilidade extrema;
• Alterações emocionais;
• Reacção excessiva a estímulos,
• Energia excessiva, possibilitando uma hiperactividade ininterrupta;
• Aumento de interesse em diversas actividades, despesas excessivas, dívidas e ofertas exageradas;
• Aumento do amor-próprio;
• Diminuição da necessidade de dormir;
• Aumento da vontade sexual;
• Perda da noção da realidade;
• Abuso de álcool e de substâncias.

O que é a doença bipolar?


A doença bipolar caracteriza-se por variações acentuadas do humor, com crises repetidas de depressão e “mania”. As viragens do humor, têm repercussão nas sensações, nas emoções, nas ideias e no comportamento da pessoa, com uma perda importante da saúde e da autonomia da personalidade.

A doença bipolar é também conhecida como doença maníaco-depressiva. Afecta as pessoas de igual forma, independentemente do sexo e da faixa etária. Cerca de 1% da população mundial sofre da doença.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Famosos Esquizofrénicos


A título de curiosidade, postamos aqui os nomes de alguns esquizofrénicos mais conhecidos:

  • Van Gogh (pintor);

  • John Forbes Nash (matemático);

  • Jack Kerouac (escritor americano);

  • Lionel Aldridge (jogador de futebol americano);

  • Syd Barrett (ex-guitarrista dos Pink Floyd);

  • Antonin Artaud (poeta e dramaturgo francês).


O caso mais conhecido é o de John Nash (foto), matemático retratado no filme Uma Mente Brilhante. Começou a evidenciar sinais de esquizofrenia com 30 anos de idade, tendo vindo o seu estado a agravar-se, tendo alucinações constantes. Foi-lhe diagnosticada a doença um ano após os primeiros sintomas. Esteve vários vezes em hospitais psiquiátricos, tendo feito tratamentos que utilizavam os métodos de electroconvulsoterapia (ECT) e onde lhe eram administrados medicamentos antipsicóticos.


Fonte: Wikipédia

Como reconhecer a esquizofrenia ainda no começo?

O reconhecimento precoce da esquizofrenia é uma tarefa difícil porque nenhuma das alterações é exclusiva da esquizofrenia incipiente; essas alterações são comuns a outras enfermidades, e também a comportamentos socialmente desviantes mas psicologicamente normais. Diagnosticar precocemente uma insuficiência cardíaca pode salvar uma vida, já no caso da esquizofrenia a única vantagem do diagnóstico precoce é poder começar logo um tratamento, o que por si não implica em recuperação. O diagnóstico precoce é melhor do que o diagnóstico tardio, pois tardiamente muito sofrimento já foi imposto ao paciente e à sua família, coisa que talvez o tratamento precoce evite. Abaixo estão enumeradas algumas dicas: como dito acima, nenhuma delas são características mas servem de parâmetro para observação.
  • Dificuldade em dormir;
  • Isolamento social, indiferença em relação aos sentimentos dos outros;
  • Perda das relações sociais que mantinha;
  • Períodos de hiperactividade e períodos de inactividade;
  • Dificuldade de concentração;
  • Dificuldade de tomar decisões e de resolver problemas comuns;
  • Preocupações não habituais com ocultismo, esoterismo e religião;
  • Hostilidade, desconfiança e medos injustificáveis;
  • Reacções exageradas às reprovações dos parentes e amigos;
  • Envolvimento com escrita excessiva ou desenhos infantis sem um objectivo definido;
  • Reacções emocionais não habituais ou características do indivíduo;
  • Falta de expressões faciais (Rosto inexpressivo);
  • Diminuição marcante do piscar de olhos ou piscar incessantemente;
  • Sensibilidade excessiva a barulhos e luzes;
  • Alteração da sensação do tacto e do paladar;
  • Uso estranho das palavras e da construção das frases;
  • Afirmações irracionais;
  • Comportamento estranho como recusa em tocar as pessoas, ameaças de mutilação e ferimentos provocados em si mesmo;
  • Mudanças na personalidade;
  • Abandono das actividades usuais;
  • Incapacidade de expressar prazer, de chorar ou chorar demais injustificadamente, risos sem motivo;
  • Recusa em tocar outras pessoas.